"Todo Mundo pode fazer História, só um grande homem pode Escrevê-la"

segunda-feira, 28 de março de 2011

Sois um DeMolay?

Postado por Neto 17:20 | Nenhum comentário



Só me lembrava daquela forte dor no peito.
Como viera eu parar ali?
O ambiente era familiar. Já estivera ali, mas... quando?
Caminhava sem rumo.
Pessoas desconhecidas passavam por mim, contudo, não tinha coragem de
abordá-las.
Mas... Espere, que grupo seria aquele reunido de roupa característica?
Lógico! Não estariam indo e vindo de uma festa...Não são evangélicos ou algo parecido. É claro! São Irmãos!
Aproximei-me do grupo. Ao me verem chegar interromperam a conversa.
Discretamente executei o sinal do Grau Iniciático , obtendo resposta.
A alegria tomou conta de mim. Estava entre amigos.
dentifiquei-me. Perguntei ansioso o que estava acontecendo comigo.
Responderam-me com muito cuidado e fraternalmente. Havia desencarnado.
Fiquei assustado; e a minha família, os meus amigos, como estavam?
Estão bem, não se preocupe; no devido tempo você os verá, responderam.
Ainda assustado, indaguei do motivo de suas vestes.
Um deles me informou que estavam encaminhando a uma sala Capitular.
Sala Capitular? Templo maçônico. Vocês têm um?
Sim, claro. Por que não?
Senti-me mais à vontade, afinal fui um Mestre Conselheiro, Ilustre
Comendador Cavaleiro e ainda por cima Grande Comendador Chevalier, e, com certeza receberei as honras devidas a minha posição. Pedi para
acompanhá-los, no que fui atendido.

Ao fim da pequena caminhada avistei o Templo. Confesso que fiquei abismado.
Sua imponência era enorme. As colunas do pórtico... Majestosas.
Nunca vira nada igual. Imaginei como deveria ser seu interior e como me
sentiria tomando parte nos trabalhos.
Caminhamos em silêncio.
Ao chegar ao salão de entrada verifiquei grupos de Irmãos conversando
animadamente, porém em tom respeitoso.
O que parecia ser o líder do grupo e que me acompanhava chamou um Irmão que estava adiante:
-- Irmão 2º Diácono! Acompanhai o Irmão recém-chegado e com ele aguarde.
Não entendi bem. Afinal, tendo realizado o toque dos graus capitulares e da cavalaria, e estando com as minhas comendas de PMC, PICC e PGCC, esperava, no mínimo, uma recepção mais calorosa.
Talvez estejam preparando uma surpresa à minha entrada; para um irmão com minhas credenciais não poderia se esperar nada diferente. Verifiquei que os Irmãos formavam o cortejo para entrada no Templo.
A distância, não pude ouvir o que diziam, contudo, uma luminosidade
esplendorosa cercou a todos. Adentraram silenciosamente no Templo. Comigo ficou o Irmão 2º Diácono.
De tanta emoção não conseguia dizer nada. O tempo passou... Não pude medir quanto.
De repente, a porta do Templo se entreabriu o Irmão Mestre de Cerimônias, encaminhando-se a mim, comunicou que seria recebido.
Ajeitei-me, estufei o peito, verifiquei se minhas comendas não estavam
desleixadas e caminhei com ele. Tremia um pouco, mas quem não o faria em tal circunstância?
Respirei fundo e adentrei ritualisticamente ao Templo.
Estranho... Esperava encontrar luxuosidade esplendorosa, muito ouro e
riqueza. Verifiquei, rapidamente, no entanto, uma simplicidade muito grande.
Uma luz brilhante, vinda não sabe de onde iluminava o ambiente.
Cumprimentei o Mestre Conselheiro da reunião na forma usual. Ninguém se levantou à minha entrada. Mantinham-se calados... Respeitosos.
Não sabia o que fazer... Aguardava ordens... e elas vieram não voz firme do Mestre Conselheiro.
-- [...]
Reconhecendo a necessidade do exame de proeficiência em tais
circunstâncias, aceitei respondê-lo. Estufei o peito, e com voz grave
respondi:
-- [...]
Aguardei seguro, a pergunta seguinte.
Em seu lugar o Mestre Conselheiro, dirigindo-se aos presentes, perguntou:
-- Os Irmãos aqui presentes o reconhecem como DeMolay, Cavaleiro e
Chevalier?
Assustei-me. O que era isso? Por que tal pergunta?
O silencio foi total.
Dirigindo-se a mim, o Mestre Conselheiro emendou:
-- Meu caro Irmão visitante, os Irmãos aqui presentes não o reconhecem como DeMolay!
-- Como não? Disse eu. Não vêem minha insígnia? Não verificaram através da [M] do [S] e do [T]. Ainda por cima realizei o sinal dos graus passados!
-- Sim, caro Irmão - retrucou solenemente o Mestre.
-- Contudo não basta ter ingressado na Ordem, ter diplomas ou insígnias para ser um DeMolay. É preciso antes de tudo, ter construído o "seu Templo" e escolhido certo ao cruzar a vida, infelizmente verificamos que tal não ocorreu com o Irmão.
-- Observamos, ainda, que apesar de ter tido todas as oportunidades de
estudo e de ter galgado os Graus, não absorveu seus ensinamentos.
Sua passagem pela ponte da indecisão foi efêmera e marcada por erros.
Não pude agüentar mais. Retruquei:
-- Como efêmera? Vocês que tudo sabem não observaram minhas atitudes fraternas?
Fui interrompido.
-- Irmãos, vejamos então sua defesa.
Automaticamente, desenhou-se na parede algo parecido com uma tela imensa de televisão e na imagem reconheci-me junto a um grupo de Irmãos, tecendo comentários desairosos contra a administração de meu Capítulo.
Em outras imagens vi-me virando as costas para um irmão que me
cumprimentava, com o qual eu não simpatizava e que eu não procurava
conservar laços de fraternidade.
Era tudo verdade.
Envergonhei-me.
Tentei justificar mas não encontrava argumentos.
Lembrei-me, então, de minhas ações beneficentes. Indaguei-os sobre tal.
E mudando a imagem como se trocassem de canal, vi-me colocando a mão vazia no tronco da solidariedade. Era fato e, costumeiramente, o fazia, por achar que a contribuição não seria bem usado...
Por não ter o que argumentar, calei-me e lágrimas de remorso brotaram-me nos olhos. Iniciei a retirar-me cabisbaixo e estanquei ao ouvir a voz autoritária e ao mesmo tempo fraterna do Mestre Conselheiro que estava presidindo a reunião.
-- Meu Irmão. Reconhecemos suas falhas quando no orbe Terrestre e na Ordem DeMolay, contudo, reconhecemos, também que o Irmão foi iniciado em nossos Augustos Mistérios e em nossa fraternidade que deveria moldar seu caráter...
-- Prometemos em suas Iniciações protegê-lo e o faremos. O Irmão terá a
oportunidade de consertar seus erros, afinal, todos nós aqui presentes já os cometemos algum dia.
-- Descanse nesse plano o tempo necessário e, ao voltar à matéria para novas experiências, nós o encaminharemos novamente a Ordem DeMolay. Sua nova caminhada, com certeza, será mais promissora e útil.
Saí decepcionado, mas estranhamente aliviado. Aquelas palavras pareciam ter me tirado um grande peso.
Acordei, sobressaltado e suando muito. Meu coração disparado.
Levantei-me assustado, mas com certa alegria no peito.
Havia sonhado!
Dirigi-me ao guarda-roupa, minha indumentária ali estava. Instintivamente, retirei da camisa as minhas comendas e as guardei em uma caixa.
Ainda emocionado e com os olhos molhados de lágrimas, dirigi-me à minha mesa e com as mãos trêmulas e cheio de uma alegria juvenil, retirei da gaveta o Ritual do Grau Iniciático.


Adaptado do Texto "Sois um Maçom?", por Mário Serra Ferreira, Senior DeMolay do Capítulo Anápolis nº 007.
Texto para DeMolays, mas com grande profundidade para todas as outras pessoas, basta interpretá-lo bem.

terça-feira, 15 de março de 2011

Perguntas Frequentes sobre a Ordem DeMolay

Postado por Neto 09:00 | Nenhum comentário

O que é a Ordem DeMolay?

A Ordem DeMolay é a maior organização fraternal juvenil do mundo, tendo como objetivo a formação de líderes e cidadãos para um futuro muito próximo, baseado no aprimoramento das "Sete Virtudes Cardeais": Amor Filial; Reverência pelas Coisas Sagradas; Cortesia; Companheirismo; Fidelidade; Pureza; Patriotismo.

A Ordem DeMolay é secreta?

Não. Toda nossa filosofia é pública e maravilhosamente exemplificada através das Cerimônias Públicas, abertas a todas as pessoas que não tenham algum vínculo filiatício à Ordem.
Nossos únicos segredos são nossas formas de reconhecimento, que garantem se a pessoa passou pelas nossas Cerimônias de Iniciação.

É preciso ser católico?

Não. Contudo, a Ordem DeMolay exige que todos seus membros professem uma fé, qualquer que seja. Em todas as nossas Cerimônias oramos para que o Pai Celestial nos ilumine e guarde nossos caminhos.
A Ordem DeMolay não é uma religião, nem uma seita, nem um culto. Também não tem a intenção de substituir seu lar, sua escola ou sua igreja, mas sim tem a intenção de complementá-los. Se você não estiver tendo bom "aproveitamento" nestes itens, a Ordem não vai poder te ajudar.

O que preciso fazer para me filiar?

Para ser membro da Ordem DeMolay é preciso ser um jovem do sexo masculino, de 12 a 21 anos de idade incompletos, que professe uma fé num Pai Celestial, que tenha uma vida ilibada moralmente, que não utilize produtos controlados e que esteja pronto para trabalhar para a comunidade e a fim de se aprimorar como líder e cidadão através dos ensinamentos da Ordem DeMolay. A Ordem DeMolay não é instituto correcional.
Se quiser, envie-nos um e-mail e te informamos qual o Capítulo mais próximo de sua casa!

Mas, afinal, quais são as atividades da Ordem DeMolay?

A Ordem DeMolay faz TUDO o que você gosta de fazer. Nossas atividades são programadas e dirigidas por nós mesmos. Se houver organização e interesse, qualquer evento é possível, mas sempre dentro dos limites sociais e legais.
Para colaborar nas nossas atividades há um grupo de adultos em cada Capítulo, Convento ou Corte Chevalier (cada uma das unidades da Ordem), chamado de Conselho Consultivo. O Conselho é composto de Maçons e DeMolays maiores de 21 anos, chamados de Seniores.

Entre as atividades prediletas dos DeMolays estão:
Festas;
Congressos em várias cidades, Estados e países;
Campanhas de arrecadação de alimentos, agasalhos, livros;
Visitas a hospitais infantis;
Palestras com vários profissionais em épocas de Vestibular;
Teatro;
Competições esportivas;
Gincanas etc.

Normalmente as reuniões são duas vezes por mês, normalmente Sábado ou Domingo, para não coincidir com atividades escolares.

Qual a origem da Ordem DeMolay e de seu nome?

Seu nome tem origem em Jacques DeMolay, último Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros Templários, queimado vivo em 18 de março de 1314, na Ilha de Vert-Galant, Paris, França, pelo Rei Filipe, o Belo. DeMolay foi preso e torturado por 7 anos por se negar a quebrar seus votos de fidelidade e companheirismo.
A Ordem DeMolay foi fundada em 18 de março de 1919 pelo Maçom Frank Shermann Land, na cidade de Kansas City, Missouri, EUA. Originalmente haviam 9 membros, mas hoje, só no Brasil, são mais de 30.000, espalhados em mais de 800 Capítulos, 140 Conventos e 30 Cortes de Chevaliers.
A Ordem está no Brasil desde 1980, com a fundação do Capítulo Rio de Janeiro, o primeiro da América do Sul. Temos nosso Supremo Conselho independente, que inclusive já se expandiu para países vizinhos, como Bolívia e Paraguai. Além desses, muitos outros países contam com Capítulos DeMolay, tais como: Itália, Alemanha, Japão, Filipinas, Austrália, Panamá, Peru, Colômbia etc. Em breve, mais 3 países receberão Capítulos: Portugal, Rússia e Turquia.

quarta-feira, 9 de março de 2011

As Jóias de cada Cargo

Postado por Neto 01:48 | Nenhum comentário


Mestre Conselheiro: Corresponde a Dois Malhetes Cruzados. O malhete é um símbolo do Poder, análogo ao Martelo e ao Bastão, representa a autoridade da Assembléia, formada pelo Capítulo, centralizada no Mestre Conselheiro. O segundo Malhete na Insígnia é um símbolo oculto de elevada importância, representa a influência Superior dos "Mestres Ocultos", ao Mestre Conselheiro que se demonstra digno no exercício de seu cargo; quando isso acontece o Mestre Conselheiro torna-se um Foco de luz, irradiando uma Sabedoria que pode até surpreender a alguns, representando a tarefa dual de Dirigente e Sacerdote. Por outro ângulo, o segundo Malhete é também representativo do Patrocínio maçônico à Ordem DeMolay, simbolizando a União da Maçonaria à Ordem DeMolay, no preparo das novas gerações.

1º e 2º Conselheiros: Nas insígnias dos dois oficiais, encontramos um único malhete, simbolizando justamente a liderança, por serem os mesmos substitutos imediatos do Mestre Conselheiro, sem contudo, ainda, estarem aptos à receberem a Luz do Oriente diretamente.

Tesoureiro: Tendo como Insígnia a Chave, o Tesoureiro representa uma ligação Mística com o "Tesouro dos Templários". Sabemos que o Tesoureiro é o responsável pelo "Tesouro do Capítulo", suas finanças de um modo geral; por que então ter como Insígnia uma chave ao invés de um Cofre ou outro símbolo qualquer? A insígnia do Tesoureiro nos demonstra que o maior Tesouro não é o Dinheiro ou Bens Materiais, mas sim aquele mesmo que nos é legado pelos Templários, que não foi encontrado por Felipe "O Belo". A Chave é o símbolo da Iniciação e do Saber; Nas Escolas Tradicionais Antigas, a Chave continha significação muito importante: Recordava, aos candidatos à Iniciação, a obrigação do silêncio, e prometia aos Profanos a revelação de Mistérios profundos e quase impenetráveis, este é o verdadeiro Tesouro da Ordem DeMolay.

Escrivão (ou Secretário): Possui como Insígnia uma caneta, símbolo moderno análogo à Pena, utilizada pelos antigos na Arte da Escrita. Representa o Guardião sagrado da História, registrando os acontecimentos do presente, para serem utilizados como base e exemplo para o futuro.

Orador: Possui com Insígnia um Papiro. O Papiro era uma erva de cujas folhas se fazia o Papiro, material sobre o qual Sacerdotes Egípcios escreviam. Sendo o Papiro onde eram gravadas as máximas da Sabedoria, nas Grandes Civilizações da Antigüidade, ele é um símbolo do conhecimento. O Orador, como detentor do conhecimento de emprego do "Verbo", esotericamente possui grande Poder em suas palavras. Deve pois o Orador se pronunciar ao término de todas as Sessões, dando o seu parecer sobre a mesma.

Diáconos: Os Diáconos possuem cada um em sua Insígnia uma Ave. Em praticamente todas as Escolas Esotéricas o Religiões, as Aves apresentam significados simbólicos importantes. Para a Tradição hindu, elas representam Estados superiores do Ser Humano. No Egito, o Falcão simbolizava o Deus Hórus, e a Íbis, o Deus Thot. O Pássaro, como todo Ser Alado, é Emblema da espiritualidade e da Alma Humana. Nas Escolas Místicas, representam também hierarquias a auxiliar o homem. Na Alquimia, os Pássaros simbolizavam as Energias em atividade; voando em direção ao céu, expressam a fase alquímica da sublimação e a volatilização; descendo para a Terra, a fase da condensação e precipitação; os dois símbolos unidos numa mesma figura representam o Processo de Destilação. Os Pássaros, por sua capacidade de viver na Terra e nos Ares. Apresentam também um outro significado simbólico de Tipo Universal: são considerados "Mensageiros dos Deuses", intermediários capazes de estabelecer uma Ponta entre o Céu e a Terra. Sendo tidos como Mensageiros entre Planos superiores e o nosso, os Diáconos são de uma importância sacra no ritual; são os Diáconos que recolhem a Palavra do Dia no Grau Iniciático, e a Palavra de Passe no Grau DeMolay; é o 2º Diácono que verifica quem bate à porta do Templo Sagrado; é o 1º Diácono que conduz os Candidatos na Cerimônia de Iniciação; é o 1º Diácono que acende os Sete Candelabros representativos das Sete Virtudes Cardeais. São exatamente os Diáconos que procedem à ligação entre tudo o que é Humano e material, na Ordem , com os Princípios Sagrados da Filosofia de nossos Rituais.

Mordomos: Cada Mordomo possui como Insígnia uma Cornucópia. A Cornucópia é um símbolo dos Antigos, onde se levavam alimentos e, conforme uma lenda, por mais que se utilizassem os alimentos mais haveriam a serem utilizados. De acordo com o dicionário Aurélio, Mordomo é o administrador dos Bens de uma Casa, Irmandade, Confraria, etc... Os Mordomos, além de executarem suas tarefas específicas no Ritual, são justamente os responsáveis pelo zelo e cuidado com os utensílios, objetos e Bens do Capítulo. Se os mordomos executarem bem a sua função nada faltará ao Capítulo. Observemos que as Jóias dos Oficiais, unidas às Capas e à toda a Cadeia Simbólica do Ritual DeMolay, expressam um complexo simbólico que deve ser analisado sempre de maneira metódica, de sorte que possamos depreender os ensinamentos da Ordem.

Hospitaleiro: Possui como Insígnia uma Sacola, representativa dos fundos financeiros o materiais dos DeMolays, sempre colocados ao dispor do auxílio mútuo e dos desamparados pela sorte. O Hospitaleiro é o Emblema da Guarda dos Princípios Sagrados da Fraternidade, onde todos devem estar conscientes de pertencerem a uma "Família Universal". O Hospitaleiro é o responsável pela filantropia do Capítulo, e por manter o Capítulo informado da sorte e saúde de algum Irmão adoentado, por tal motivo ele levará consigo a Sacola do Capítulo, com os Fundos necessários a um possível socorro.

Organista: Possui como Insígnia uma Harpa. Sabemos que a música sempre serviu de instrumento para a harmonização de ambientes onde o Homem buscou a Meditação e compreensão dos Mistérios Sagrados. A Harpa era tocada pelas Sacerdotisas de Avalon, na Corte do Rei Arthur. O significado simbólico da Harpa é o de ponte entre o mundo celeste e a Terra; em sua forma primitiva e incipiente (A Lira Grega), era consagrada ao Deus Apolo; Era o instrumento predileto do Filosófico Platão. Na Tradição grega, simboliza a união harmoniosa das Forças Cósmicas, exatamente o que deve representar e promover o Mestre de Harmonia, em sua função no Templo.

Capelão: Possui como Insígnia o Livro Sagrado, que deve ser aquele onde cada um julgue existir as Verdades pregadas pelos Profetas de sua Fé. Ele é o guardião dos Sagrados Mandamentos, escritos simbolicamente no Livro com suas páginas abertas.

Porta-Estandarte: Possui como Insígnia uma Bandeira ou Estandarte. Como definiu o Soberano Grande Comendador da Maçonaria, Tio/Irmão Venâncio Igrejas, em seu Trabalho sobre a Bandeira do Brasil, publicado no PAINEL DEMOLAY Nº4 de Outubro a Dezembro de 1987, "Os símbolos sempre exerceram uma influência muito grande especialmente as que representam os Países, objeto de uma afeição de natureza Mística, capaz de concorrer para o desenvolvimento do amor à causa que encarnam". O Porta-Bandeira representa pois nosso Amor ativo na causa da Pátria e na causa da Ordem.

Sentinela: Possui como Insígnia duas Espadas cruzadas. Símbolo muito usado na Magia e no Misticismo Medieval, a Espada representa o Espírito ou a Palavra de Deus. A Espada, do ponto de vista esotérico, representa o extermínio físico e a determinação psíquica dentro do caminho cósmico do sacrifício. O simbolismo da Espada está ligado também à idéia da ação da justiça. A Espada na Insígnia do Sentinela, e a utilizada pelo mesmo, antes de serem para afastar intrusos da Porta de nossos Capítulos e Templos, pouco prováveis nos tempos modernos, é antes de tudo um símbolo do sacrifício. Simboliza que haveremos de deixar fora do Templo os sentimentos impuros e/ou menores, para buscarmos a Evolução do nosso "Eu Interior". A duplicidade das Espadas representa a Segunda Espada "Oculta, utilizada quando da realização de nossos Trabalhos, onde o Sentinela funcionará como um pára-raios, impedindo e combatendo inconscientemente as Energias negativas que buscam ingresso no Templo Sagrado.

Mestre de Cerimônias: Possui como Insígnia dois bastões cruzados. O bastão é um atributo de poder, semelhante ao malhete. O poder, neste caso, é de cunho mágico, pois cabe ao Mestre de Cerimônias a coordenação e orientação de todas as procissões previstas no ritual . O mestre de Cerimônias é como o "Pastor" a conduzir as ovelhas, é o Líder Litúrgico de todas as Cerimônias, tendo o duplo bastão significado análogo ao do Duplo Malhete do Mestre Conselheiro. Devido a tal fato o Mestre de Cerimônias é um dos únicos Oficiais que pode cruzar a LINHA IMAGINÁRIA existente entre o Altar e o Mestre Conselheiro, funcionando o Bastão como um "pára-raios" harmonizador das Energias centradas na LINHA IMAGINÁRIA.

Preceptores: Em número de sete, cada preceptor possui como Insígnia a Coroa da Juventude, pois cada Preceptor é o Guardião de uma das Jóias representativas das Sete Virtudes Cardeais da Ordem DeMolay. De acordo com o dicionário Aurélio, Preceptor é aquele que ministra preceitos ou instrução; É pois o Preceptor o Guardião e Ministro da Base Filosófica da Ordem DeMolay, das Virtudes Cardeais que sustentam todo o Edifício da Sabedoria DeMolay. Organista ou Mestre de Harmonia: Possui como Insígnia uma Harpa. Sabemos que a música sempre serviu de instrumento para a harmonização de ambientes onde o Homem buscou a Meditação e compreensão dos Mistérios Sagrados. A Harpa era tocada pelas Sacerdotisas de Avalon, na Corte do Rei Arthur. O significado simbólico da Harpa é o de ponte entre o mundo celeste e a Terra; em sua forma primitiva e incipiente (A Lira Grega), era consagrada ao Deus Apolo; Era o instrumento predileto do Filosófico Platão. Na Tradição grega, simboliza a união harmoniosa das Forças Cósmicas, exatamente o que deve representar e promover o Mestre de Harmonia, em sua função no Templo.

terça-feira, 8 de março de 2011

Deus na Ordem DeMolay

Postado por Neto 16:01 | Nenhum comentário


A exemplo da Maçonaria, a Ordem DeMolay não é uma Religião e nem professa nenhum Credo Religioso. Irineu S. Wilges em seu Livro "Cultura Religiosa" diz ser a Maçonaria uma "Atitude Filosófica". Talvez possamos dizer algo semelhante da Ordem DeMolay. Em seu próprio exemplo a Maçonaria Universal, ao escrever os Rituais da Ordem DeMolay em 1919, colocou, entre as tradicionais "7 Virtudes Cardeais" da Ordem, a Virtude da "Reverência pelas Coisas Sagradas", sendo a Segunda Virtude. Aos Jovens DeMolays é ensinado o respeito a todos os Credos e objetos Sagrados de todas as Religiões, considerando que todas professam determinadas Verdades Eternas, que devem merecer nossa atenção.

Nas Cerimônias de Iniciação e outras, os Jovens DeMolays prestam o seu Juramento sobre o Livro Sagrado da Religião, onde cada um julgue existir as Verdades pregadas pelos Profetas de sua Fé. Assim, o Juramento deve ser prestado sobre o Livro Sagrado da Crença do Iniciado. No Brasil, por sermos um País Cristão de maioria Católica é utilizada a Bíblia Sagrada em todos os Capítulos, inclusive sendo proibida qualquer Reunião DeMolay que não tenha a Bíblia com as suas páginas abertas. Diz a Ordem DeMolay: "... amigo, em nosso Capítulo, não ensinamos nenhum Credo. Vossas opiniões religiosas são sagradas e a vós pertencem, porém encarecidamente, vos pedimos não esquecer a Santidade da Fé, a Beleza da Humilde confiança na Bondade de Deus. Procuremos ser Filhos fiéis do "PAI UNIVERSAL". O Mundo respeita mais a Vontade do Jovem que tem profundas convicções religiosas, e que tem a coragem de viver de acordo com as normas de moral, baseadas na certeza de que todas as Bênçãos deste Mundo provém de Deus...".

Não sendo a Ordem DeMolay uma Religião ou Seita Religiosa, podemos certamente dizer que ela é uma Escola Filosófica e Iniciática para os Jovens, baseadas na Moral Maçônica, em uma Doutrina de Universalidade, União e Fraternidade. Com propriedade, a Maçonaria retirou as Virtudes e preceitos das antigas Ordens de Cavalaria, transmutando-os em um Código de ensinamento para o aperfeiçoamento dos Jovens DeMolays, e engrandecimento da Humanidade. A Ordem DeMolay abomina a ateísmo, proveniente da descrença e ignorância, bem como qualquer deturpação religiosa que venha a degradar espiritualmente o Ser Humano e/ou torná-lo escravo em seu próprio Mundo, através do Fanatismo.

Um Jovem que desejar ingresso na Ordem DeMolay não poderá ser Ateu, antes de tudo deverá Crer na existência de um Ser Supremo. Comumente os Jovens DeMolays referem-se a Deus como "PAI CELESTIAL", sendo este um costume tão antigo quanto a origem da Ordem, mantido em todos os Capítulos do Mundo, e de profundo significado Iniciático. "Lembremo-nos das deformações dos antiqüíssimos conceitos religiosos - escreve Max Muller - e nos defrontaremos com constatações surpreendentes. O Deus Supremo recebeu o mesmo nome, quer na Mitologia Indiana, quer na Helênica, Itálica, e Germânica: foi Dyaus em Sânscrito, Zeus em grego, Júpiter em Latim, Tiu (Wotan?) em germânico. Milhares de anos antes do tempo dos Vedas e de Homero, os progenitores de toda a raça Ariana adoravam um Ser Indivisível, com um mesmo nome: O da Luz e do Céu... A palavra Dyaus não indicava simplesmente o Céu personificado; nos Vedas encontramos "Dyaus Pater", em grego "Zeus Pater", em latim "Júpitar"(depois Júpiter) todas expressões que derivam daquele usada antes das três línguas - como anota Churchward - fossem separadas, quando estas palavras significavam "PAI CELESTIAL", ou "PAI DO CÉU", denominação hoje usada pela Ordem DeMolay quando se refere a Deus - O Criador e Arquiteto do Universo.