"Todo Mundo pode fazer História, só um grande homem pode Escrevê-la"

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

História de Jacques DeMolay

Postado por Neto 11:42 | Nenhum comentário

Jacques DeMolay nasceu na cidade de Vitrey na França no ano de 1244 e já aos 21 anos, DeMolay se juntou a Ordem dos Cavaleiros Templários.
Também chamada de Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão , esta ordem foi fundada em 12 de junho de 1118 em Jerusalém pôr Hugo de Payens, Cavaleiro de Burgúndia e Godofredo de Sain t' Omer.
A Ordem dos Templários participou das cruzadas e ganhou reconhecimento pelo seu valor e heroísmo, e a mercê dos bens tomados dos seus inimigos vencidos, ou doados à ordem, chegaram a ser grandes financeiros e banqueiros internacionais, os soberanos da Europa necessitados de dinheiro passaram a invejar sua riqueza.
A ordem foi um dos repositórios de sabedoria oculta na Europa durante os séculos XII e XIII, porém seus segredos só eram transmitidos a alguns membros em seção religiosa sob estrito sigilo. Da&i acute; naturalmente, a razão de lhe haverem os leigos atribuídos as mais horríveis práticas e histórias infamadas.
Em 1298, Jacques DeMolay foi nomeado grão mestre, uma posição de grande prestigio. Como grão mestre Jacques Demolay ,entretanto ,estava numa posição difícil. As cruzadas não estava m atingindo seu objetivo. Os sarracenos derrotaram os cruzados em batalhas e capturaram muitas cidades.
Em vez de apoio público, os Templários atraíram atenção dos lados poderosos, que estariam interessados em obter poder e riqueza, mas ninguém poderia prever o seu fim brusco e trágico. Con servando-se ainda poderosamente rica, credora do Papa e da corte da França, suas posses passaram a ser avidamente cobiçadas. Em 1305, Felipe o Belo, rei da França tentou obter controle dos Templários, mas não obteve suce sso.
O ano de 1307 foi o começo das perseguições aos cavaleiros Templários. A Europa já contava com cerca de 704 Conventos e Comendadorias.
No dia 12 de outubro de 1307, quinta feira, o 22° Grão Mestre dos Templários, Jacques DeMolay estava assistindo aos funerais de uma princesa da casa real da França. Estava ele um pouco nervoso, pois corriam boatos s obre os desígnios do rei da França Felipe o Belo. No ano precedente, o rei Felipe IV da França, tinha solenemente recebido os esquadrões da Ordem que o visitaram na França, onde no centro de Paris, possuíam o famo so castelo do templo, sede geral da Ordem. Porém o Grão Mestre nesta viagem tinha cometido o erro de comparecer perante o rei com uma escolta de sessenta Templários pertencente à alta nobreza e ostentando o enorme tesouro que t inha trazido da Palestina para ser guardado do templo. Filipe verificara que os TEMPLÁRIOS, representavam uma força verdadeira. Um estado poderoso dentro da França.
Jacques DeMolay recusava-se a acreditar que o rei fosse seu inimigo e ainda o defendeu perante todos os Templários desconfiados, declarando que " tinha certeza da lisura do rei" . Assim após o funeral, o Grão Mestre tinha se retirado na " Ville Neuve du Temple" que era a sede européia da ordem, respirando um pouco mais aliviado na sua fortaleza. No fim da tarde , todos os oficiais espalhados pelo reino e que representavam o poder do rei da França, estavam abrindo uma carta levando o selo do real e contendo instruções secretas e trágicas. Estas cartas estavam sendo lidas no mesmo momento em todos os municípios e cidades da França, nesta noite terrível de 12 para 13 de outubro de 1307. Ao ler o conteúdo da mensagem, os oficiais reais ficaram cheios de medo, pois tratava-se n ada mais que prender o Grão Mestre e seus Templários, que eram hóspedes de honra do rei da França; e isto com a autorização do Papa.
Como o Papa Clemente V devia sua posição em Avinhão às intrigas do rei, foi fácil a sua aquiescência. Essa macabra tarefa foi muito ajudada pelo ex-cavaleiro Esquieu de Floyran, o qual, pessoalme nte interessado na desmoralização da ordem, contra ela levantou as mais duvidosas acusações. Essas acusações foram sofregamente aceitas pôr Felipe IV, que numa sexta-feira, 13 de outubro de 1307, mandou pren der todos os Templários da França e o seu Grão Mestre, Jacques DeMolay, os quais submetidos a inquisição, foram por esta acusados de hereges.
Os sinos da igreja batiam às três horas da manhã, quando, em todo o território francês as casas do templo estavam a ponto de serem invadidas soez e covardemente. Em Paris, foi pessoalmente o guardi&atild e;o do selo do rei Guilherme de Nogaret que quis liderar a infame expedição contra o próprio Grão Mestre .Todos os Templários que acompanhavam o Grão Mestre, bem assim, como os outros espalhados nos Conventos e Co mendadorias cerca de 138, foram postos nas prisões do estado, onde executando-se ordens pessoais do rei, deviam imediatamente, ser interrogados pelos comissários da Inquisição para confessarem "suas culpas" devendo ser e mpregado a tortura , entre as acusações mais sérias que instruíram o processo contra os cavaleiros Templários, figuravam as de apostasia da fé, idolatria e heresia, além dos pecados contra a natureza.
Depois de torturas, confissões e execuções, Clemente V oficialmente aboliu a Ordem dos Cavaleiros Templários no dia 22 de março de 1312.
Assim debaixo da tortura todos os acusados confessaram aqueles procedimentos mas vimos depois que o Grão Mestre quando aos 14 de março de 1314 solicitou ser ouvido outra vez , e quando os inquisidores pensavam que outrora altivo Grão Mestre, iria implorar perdão ao rei e misericórdia ao Papa, Jacques DeMolay disse:
-" Eu penso que isto é certo" ele começou. "Que ao menos num só momento eu devo falar a verdade. Ante o céu e a terra, e com todos vocês como minhas testemunhas, eu admito que a ordem é culpad a de grossa iniquidade. Mas a iniquidade é que eu tenho mentido em admitir as acusações contra a ordem. Eu declaro que a ordem é pura e santa e está além da questão. Eu tenho realmente confessado que a orde m é culpada, mas tenho feito isto para somente me salvar de terríveis torturas.
Vida é oferecida para mim, mas ao preço de infanidade. Neste preço, vida não vale a pena."
Felipe se sentiu atingido nos seus brios de monarca absoluto que dois dias depois pronunciara ele próprio a sentença de condenação de Jacques DeMolay, que devia morrer na fogu eira como réu de crimes infames, heresia, sodomia, mas na verdade pelo delito de.... Lesa Magestade!
Sobre o rio Sena em Paris, na ilha hoje denominada de Vert Galant, anteriormente ilha dos judeus ocorreu o holocausto de Jacques DeMolay e dos Cavaleiros Templários.
A armação da fogueira requeria muita habilidade; homens encapuzados e fortes dispunham as achas de lenha grossa de forma adequada, mais alta que a estatura do homem, o fogo não poderia ser apagado até que o c orpo ficasse completamente destruído. No alto da fogueira, o Grão Mestre dos Templários, Guy D'Auvergnie e o preceptor da Normandia Godofredo de Charnay estavam amarrados a estacas, lado a lado, e voltados para a sacada real. Haviam c olocados na cabeça de todos a infamante mitra de papel dos Hereges.
Jacques DeMolay assiste impassível e como indiferente aos preparativos de seu trágico suplício sem um queixume, sem um gesto de desespero que significasse covardia perante a morte. E quando o frade encarregado dos r esponsos avançava de crucifixo na mão e o concita a arrepender-se dos crimes contra a religião, o Grão Mestre responde com a serenidade dos justos: "Guardei, ó frade vossas orações para o Papa que esse s im vai precisar delas!". O olhar do rei e do Grão Mestre se cruzaram, mediram-se, prenderam-se um ao outro, retiveram-se mutuamente. O rei fez um gesto com a mão e carrasco meteu a estopa acesa entre os feixes da lenha e de cavacos da fogueira . O vento mudou e a fumaça de segundo em segundo mais espessa e mais alta, envolveu os condenados cerca de 54 , escondendo-os quase da multidão.
O preceptor da Normandia foi o primeiro atingido. Teve um leve movimento de recuo quando as línguas de fogo começaram a lambê-lo e seus lábios se abriram muito, como procura-se inutilmente respirar um ar que l he fugia. Seu corpo, apesar da corda dobrou-se em dois. O fogo dançava em torno dele. Depois um torrente acinzentada de fumaça engoliu-o, quando se dissipou Godofredo de Charnay estava em chamas bramindo e arquejando, tentando-se libertar da estaca fatal que tremia sua base. Via-se que o Grão Mestre lhe gritara algo, mas a multidão produzia um rumor tão forte no momento que para conter seu horror só se pode ouvir a palavra " Irmão" duas vezes lan&cce dil;adas. O Grão Mestre ainda não havia sido tocado. Os carrascos atiçavam o fogo com grandes ganchos de ferro. Depois subitamente houve um desmoronamento do braseiro e reavivadas as chamas atiraram-se contra ele. De repente a palavra do Grão Mestre surgiu da cortina de fogo e com uma força irresistível com voz que já era quase do além Jacques DeMolay disse:
-"Vergonha! Vergonha! Vós estais vendo morrer inocentes. Vergonha sobre vós todos. Deus julgará".
A chama flagelou-o, queimou-lhe a barba, calcinou em um segundo sua mitra de papel e acendeu seus cabelos bran cos. O rosto em fogo do Grão Mestre estava voltado para a sacada real e com voz terrível, gritou: " NEKAN, ADONAI !!! Chol-Begoal!! PAPA CLEMENTE... CAVALEIRO GUILHERME DE NOGARET... REI FELIPE: INTIMO-OS A COMPARECER PERANTE AO TRIBUNAL DE DEUS DENTRO DE UM ANO PARA RECEBEREM O JUSTO CASTIGO. MALDITOS! MALDITOS! TODOS MALDITOS ATÉ A 13°GERAÇÃO DE VOSSAS RAÇAS !".
Os gases letais interromperam o anátema e DeMolay dobrou-se e perdeu os sentidos. O impacto inesperado deixou a multidão estupefacta. Não esperavam essa reação, mas cad a um sentiu em si o peso da injustiça e a certeza que a maldição se cumpriria. Quarenta dias depois Felipe e Nogaret receberam uma mensagem "o Papa Clemente morrera". Felipe e Nogaret olharam-se e empalideceram, no pergaminho dizia qu e a morte ocorrera entre o dia 19 e 20 de abril. O Papa Clemente morreu pôr ingerir esmeraldas reduzidas a pó( para curar sua febre e um ataque de angústia e sofrimento) que provavelmente cortaram seus intestinos. O remédio foi receitado por médicos d esconhecidos, quando retornava a sua cidade natal.
Guilherme de Nogaret veio a falecer numa manhã da terceira semana de Maio, envenenado por uma vela feita por Evrard, antigo Templário, com a ajuda de Beatriz d'Hirson. O veneno contido na vela era composto de dois pó ;s de cores diferentes:
- Cinza: Cinzas da língua de um dos irmãos de d'Aunay , elas tinham um poder sobrenatural para atrair o demônio.
- Cristal Esbranquiçado: "Serpente de faraó" Provavelmente sulfocia de mercúrio. Gera por combustão: Ácido Súlfurico, vapores de mercúrio e compostos anídricos podendo assim provoc ar intoxicações.
Morreu vomitando sangue, com câimbras, gritando o nome daqueles que morreram por suas mãos.
Felipe o Belo veio a morrer em 27 de Novembro de 1314, com 46 anos de idade, em uma caçada. Saiu a caçar com seu camareiro, seu secretário particular e alguns familiares na floresta de Pont-Sainte-Maxence. Sempre acompanhado de seus cães foram em busca de um raro cervo de 12 galhos visto perto ao local. O rei acabou perdendo-se do grupo e encontrou um camponês que o ajuda a localizar o cervo. Achando-o e estando pronto a atacar-lhe percebeu uma cruz que brilhava, começou a passar mal e caiu do cavalo. Foi achado por seus companheiros e levado de volta ao palácio repetindo sempre " A cruz, a cruz.." .Pediu como o Papa Clemente em seu leito de morte que fosse levado a sua cidade natal ; no caso do rei, Fontainebleau.
" A mão de Deus fere depressa, sobretudo quando a mão dos homens ajuda" teria dito um dos Templários remanescentes, jurando vingança.

0 comentários: